Existem pessoas que se consideram sem sorte para o amor, algumas até já se convenceram de que não nasceram para isso e assim levam suas vidas, com a conformidade da solidão e tentando a todo e qualquer custo se satisfazer com outros interesses. Foi assim que a mulher cheia de vida que também é mãe solteira e secretária seguiu com a sua vida, Teresa teve apenas um grande amor na sua adolescência e depois disso parece não ter procurado outras aventuras. Mas como tudo é possível, um dia isso mudou...
E ele não era solteiro
O amor bateu a porta de Teresa poucas vezes em sua vida, mas esse não foi o problema. A questão é quando esse sentimento tão nobre chegou para ele, também atingia a outra pessoa? Será que ela foi correspondida um dia? Pelos fatos que sucederam sua trajetória parece que não. Tudo começou aos seus dezoito anos, ela ainda era jovem e chamava atenção onde passava com seus cabelos lisos e sua pele morena. Foi nessa época que ela conheceu aquele que viria a ser o pai de sua filha, um homem que não tinha história, ou melhor, não podia contar sua verdadeira história.
Mesmo com dúvidas e desconfianças, ela se deixou iludir. Para aquela jovem, era muito importante ter status, vamos dizer que ela gostava de mostrar que tinha coisas e ele tinha um carro do ano, um monza verde. Conheceram-se na pracinha do bairro onde ela morava e rapidamente engataram um namoro. Ela nasceu em uma família pobre, mas que tinha um coração enorme. Aceitaram aquele romance com o “pé atrás”, mas o que adiantavam os conselhos? O amor é capaz de cegar qualquer pessoa.
A cunhada de Teresa era sua melhor amiga. Ela nunca gostou do rapaz, que se chamava Joacir. Ao vê-lo pela primeira vez disparou:
- Você não enxerga, ele é casado! Tem todas as características.
- Imagina, ele jamais faria isso comigo. Ele me disse que é solteiro – dizia a moça.
Todas as pessoas diziam que ele era comprometido. Depois de mais ou menos um ano de namoro, a verdade veio à tona e foi descoberto que ele era casado e pra completar a grande mentira, já tinha duas filhas e uma delas era bebê. E mesmo assim, ela não terminou o relacionamento que já nasceu fadado ao fracasso. Iludida cada vez mais pelo galanteador que sempre teve a mesma idade (se perguntarmos hoje a idade dele, será 35 anos), ela acreditava na história de que ele a amava e ia se separar da esposa para fazer uma nova família com ela. Mais uma mentira, mais uma decepção.
Em 1991, uma das irmãs mais novas de Teresa ficou grávida e para surpresa de todos, dois meses depois ela também engravidou. Seu pai não gostou nada da novidade e sua reação foi intempestiva e irracional. No dia do batizado da sua única sobrinha, ele fez o maior escândalo e a expulsou de casa. A partir daquele dia, ela iria seguir sua vida sozinha, ou melhor, junto com sua filha.
Sem o apoio da mãe, ela contou com a ajuda de amigas e dos irmãos, mas nunca mais retornou a casa dos pais para morar e foi para a casa cedida por Joacir, em um lugar muito feio, de má localização e perto de um cemitério. Depois dos ânimos acalmados ela voltou a fazer visitas aos pais normalmente e também sua filha nasceu. Jamais o avô não ia querer conhecer a neta. Sophia nasceu gordinha, com a pele muito branca, uma característica do pai e com uma beleza fascinante. Com os anos se tornou uma garota quieta, quieta demais, mas que ri com qualquer besteira. Ela é a parceira da mãe, vivem juntas e a presença de seu pai nunca foi marcante.
Nesse meio tempo, em que a filhinha se tornava adolescente, com namorado e problemas normais da idade, a mãe de família continuava a manter sua casa sozinha, a viver passeando na casa de amigas, a ir em casamentos só como espectadora e se conformar com a solidão. Sem pensar talvez, na velhice. Sem pensar em como seria, quando a Vanessa casasse e ela ficasse sozinha, de uma forma que nunca viveu. Teresa, tão cheia de vida jamais resistiria. Ela ia sofrer demais...
O amor não tem idade
Mas pelos últimos acontecimentos na vida da super mulher, parece que esse sofrimento poderá ser poupado. Na virada do ano 2009, ela foi apresentada a um simpático amigo de seu cunhado. Um homem solteiro de verdade, da sua idade e interessado em casar. Casar de papel passado, ele não pensava em arrumar uma namoradinha. E ela embarcou com ele nessa história. Se conheceram, saíram, foram almoçar juntos e de repente para surpresa de toda família, o Luizinho já estava morando no apartamento com consentimento da Teresa e tudo mais.
Ele chora por ela, ele faz as vontades dela e pela primeira vez ela ri tanto em um só dia! Carlos, trabalha a noite na CET e durante o dia é técnico em eletrônicos, além de sempre ter uma piada para contar. Uma ótima pessoa, alguém que ao chegar na porta dela, bateu e quis realmente entrar. Eles assinam os papéis dessa rápida e bonita união em maio, a única dúvida que ela tem agora é se casa só no civil, ou se entrega de vez e casa também no religioso com direito a vestido e buquê.
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