19 de jun. de 2010
Quando o vento sopra...
Quantas vezes em nossas vidas já paramos para pensar o quão é maravilhoso você sentir uma coisa, ter a chance de se deliciar e ser acariciado por ela, sem se quer ao menos vê-la? E não estou falando de amor, nem de carinho. Falo de uma coisa bem simples, que em certos tempos some e depois retorna suave ou forte. Pode nos derrubar e pode nos fazer sorrir bestamente! Eu falo do vento...
Tenho certeza que as pessoas não costumam perder minutos ou horas pensando nele. Hoje em dia se considera o ato de pensar, uma perda de tempo. Pensar em como agradar uma pessoa amada, em como somos afortunados por viver e pensar em como receber um carinho da natureza é valioso. Esse carinho invisível que eu pude sentir por quase vinte minutos em uma tarde ensolarada e que me fez viajar.
Sentada em uma lotação vazia, escolhi meu assento pela janela escancarada que me pareceu tão convidativa. Coloquei meus fones de ouvidos e ele começou a bater no meu rosto, eu tive o prazer de sentir a natureza tocar minha pele e comecei a pensar sobre isso. Sobre sentir e não ver, sobre essa impotência maravilhosa que o mundo nos impõe. No rádio tocou uma música na batida de rock, eu a conhecia em ritmo de reggae e me surpreendi, ficou péssimo!
Saudade já não sei se a palavra para usar (...)
Esse trecho me fez lembrar coisas, que doeram e parecem ser eternas. Mas não são, elas passam assim como o vento em um dia de verão ou de outra estação qualquer. Procurei por algo melhor nas estações (do rádio dessa vez) e nada. Me dei conta que aquela era a "hora da saudade" e me contentei com as músicas antigas. Até que entre um vento e outro, um achado. Uma canção tão linda que me fez fechar os olhos:
Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, sonhando
Daria tudo por meu mundo e nada mais
Guilherme Arantes e essa forma de usar as palavras! Sempre encantador e tão real, como o protagonista dessa história. Mesmo atrasada eu queria ficar ali: com aquele carinho, aquela voz e meus pensamentos. Ahh, meus pensamentos! Tão distantes daqui....quer dizer, depende de como se é considerado a "distância". Quem sonha esta sempre perto e eu te garanto, eu sei sonhar.
O vento soprando mais forte e mais alto que o som do rádio e chega a hora de descer, de deixar essas sensações para trás. Uma canção de amor toca e eu sinto uma felicidade inexplicável, uma felicidade que vem da alma.
E você, o que você sente quando o vento sopra?
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Muito lindo.
ResponderExcluirSinto que a vida me acaricia, mais ainda, sinto como se fosse um carinho de Deus.