10 de jun. de 2010

Amor embrulhado em um laço




Dia dos namorados, que data romântica e alegre para aqueles que namoram. Mas quando uma data explicitamente comercial atinge seu objetivo de puro consumismo fazendo com que os apaixonados percam seus últimos fios de cabelo pensando em qual presente dar e em como pagar por eles. Será que nesse ponto a data não perdeu totalmente seu significado?

Existem dois tipos de desespero: o dos casais que não se conhecem e daqueles que se conhecem demais. Os recém-apaixonados se debruçam na aflição de dar um presente que agrade alguém totalmente misterioso e que nessa fase pode mascarar seus verdadeiros gostos. Mas, talvez, pior do que isso seja a agonia de já ter esgotado todos os tipos de lembrancinhas e presentes em muitos anos de convivência.

Agradar é realmente uma tarefa muito difícil. O ser humano é imprevisível e pode até mesmo ser cruel ao ver sua vontade ser contrariada ou suas expectativas não serem atingidas. O amor supera o sentimento materialista? Ao menos deveria.

Que os balões vermelhos e corações que enfeitam as lojas sirvam para despertar outros tipos de sentimentos, até mesmo naqueles que não ganharão um presente. Que nesse clima possamos sentir algumas coisas que estão em escassez em todo o mundo, coisas simples como companheirismo, gratidão e o próprio amor. Mas falo de um amor sem interesses, de um amor que não precisa de presentes para ser cultivado.

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